quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014


ORAÇÕES PELA CURA

A quinta-feira é dia um de intensas vibrações da Chama Verde com raios Dourados.

Essa chama expande as virtudes: Verdade, Dedicação, Concentração, Curas. Por isso, neste dia  dedicai-vos em oração por todos os seres da terra, em especial aqueles que, neste  momento, vivem alguma enfermidade, algum estado de adoecimento e também pelos médicos, enfermeiros, cuidadores, enfim os profissionais da área da saúde


Em oração:
 
APELO AOS SERES DO RAIO DA CURA
Em nome da Presença Divina EU SOU, apelamos a Vós, Bem-Amado Mestre Hilarion e a todos os Seres do Raio da Cura: dirigi Vossas energias curadoras através de nossos pensamentos e sentimentos, através de cada célula de nosso corpo físico, para que possamos ser perfeitamente saudáveis, tornando-nos instrumentos adequados ao Serviço Prestado à Legião Ascensionada.
Aquilo que pedimos para nós também pedimos para os nossos entes queridos, principalmente...(citar o nome completo). Enviai Vossa Legião Angélica da Cura aos hospitais e sanatórios, e a todo ser sofredor sobre a Terra.
Nós Vos agradecemos.
 
APELO AO RAIO DA CURA
Em nome de nossa Presença EU SOU, apelamos a Vós, Bem-Amado Mestre Hilarion, e poderosos Seres do Raio da Cura: elevai a consciência de todos os médicos e pesquisadores do campo da medicina e abençoai-os; dai-lhes sabedoria e iluminação, para que possam perceber e diagnosticar, com exatidão, as enfermidades das criaturas, aplicando o tratamento correto para a obtenção da cura, já preparada por Vós.

APELO À CHAMA VERDE DA CURA
Em nome do Bem-Amado Mestre Hilarion, apelamos à Chama Verde da Cura e da Verdade: derramai Vossas virtudes em cada célula de nosso corpo, fazendo vir à tona a verdade sobre a desarmonia reinante entre as células que compõem seus órgãos, e manifestai a cura plenamente realizada.
Poderoso EU SOU, assumi o comando sobre nosso eu externo, e auxiliai-nos a conservar nossa saúde.
Nós Vos agradecemos.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Mensagem de Serapis Bey




Amados e amadas irmãos e irmãs,


Paz e luz a todos os presentes neste grupo de oração. É com amor e júbilo que me encontro aqui com vocês mais uma vez Venho hoje me especial para dizer-vos sobre esse tempo tão precioso que se inaugura. Como já foi dito no início deste encontro de hoje, um tempo em que as mudanças necessárias para os processos de ascensão da Terra - e de seus habitantes - estão ainda mais intensas e podem ser sentidas por cada um de vós, em seus quatro corpos inferiores, em conexão com a Terra e com todos os seres.


Neste momento em especial é necessário a cada um de vós, que vos dediqueis ao serviço da luz nesta transição para a 5ª. dimensão, que tenhais atenção, disciplina e fé. 


Atenção para concentrardes vossa energia em pensamentos, palavras, sentimentos e ações edificantes, plenamente alinhadas à vontade amorosa e misericordiosa de Deus.


Disciplina em vossas meditações e orações para manterdes-vos sempre em conexão com vosso santo ser crístico, com os anjos arcanjos e eloins que compõem a hierarquia celestial a qual estais ligados.


Neste momento, em especial, a conexão e sintonização com os seres de luz da hierarquia celeste à qual pertenceis é fundamental para que estejais sempre fortalecidos e amparados no caminho do amor e do serviço. Essa conexão se estabelece pelo silencio, em oração e meditação. Somente no silêncio podereis receber as bênçãos que são emanadas a vós.


Meditação, silêncio, aceitação da inspiração divina. Estamos ao vosso lado e necessitamos de vossa permissão e disponibilidade para manifestarmos nossas orientações em amor e luz.


em vossa capacidade, em vossas virtudes e em vossa sabedoria, pois, como servidores da luz, em conexão com vossos mestres tudo que manifestais é a manifestação da vontade de Deus na Terra. Jamais duvideis disso: vós sois a presença viva de Deus na Terra. É por meio de vossos pensamentos, sentimentos, palavras e ações que se edifica o caminho da ascensão.


Estamos convosco e somos gratos ao serviço prestado. Recebam as bênçãos luminosas que emanam de nossos corações como um poderoso facho de luz: um raio potente que transforma vosso ser e abre vossa mente para acessar o imenso manancial de sabedoria, amor e poder para a plena realização do plano de Deus na Terra.



Atenção, disciplina e fé.



Com amor e gratidão,

Serapis Bey.



Mantra para meditação:   
Em meu coração resplandecem os raios brancos da ascensão que nascem como o desabrochar da mais bela flor. Eu sou. Eu sou. Eu Sou.

Canalização Klara Luz  em 18/02/2014 – 21h


domingo, 16 de fevereiro de 2014

Budismo



 (páli/sânscrito: बौद्ध धर्म Buddha Dharma)

É uma  filosofia não-teísta que abrange uma variedade de tradições, crenças e práticas, baseadas nos ensinamentos atribuídos a Siddhartha Gautama, mais conhecido como Buda (páli/sânscrito: "O Iluminado"). Buda viveu e desenvolveu seus ensinamentos no nordeste do subcontinente indiano, entre os séculos VI e IV a. C.



Ele é reconhecido pelos adeptos como um mestre iluminado que compartilhou suas ideias para ajudar os seres sencientes a alcançar o fim do sofrimento (ou Dukkha), alcançando o Nirvana (páli: Nibbana) e escapando do que é visto como um ciclo de sofrimento do renascimento.



Os ensinamentos de Buda Shakyamuni chegaram ao Tibete pela primeira vez no século V. Foi somente a partir do século VII, no entanto, quando o Rei Trisong Deutsen convidou da Índia o monge e erudito Shantarakshita e o Mestre Guru Padmasambava para construírem o Monastério de Samye, que o budismo firmemente se estabeleceu no país das neves. Durante a primeira fase de propagação do Carma no Tibete, surgiu a escola mais antiga do Budismo Tibetano, conhecida como Nyingma, palavra tibetana que significa “antigo”.



As quatro escolas; posteriormente, após um período em que um dos reis tentou dizimar o budismo do país, houve um novo fluxo de mestres indianos e novas traduções de textos sagrados. Com isso formaram-se novas linhagens de práticas. Quatro escolas principais foram estabelecidas e são conhecidas até hoje: Nyingma, Kagyu, Sakya, Gelupa.



Através dos séculos, os ensinamentos de Buda Shakyamuni foram transmitidos de professor a aluno por meio das diferentes linhagens de práticas existentes nas quatro escolas principais. A pureza dos métodos se manteve porque os detentores dessas linhagens alcançaram realização e maestria das instruções recebidas.



 O Buda



De acordo com a narrativa convencional, o Buda nasceu em Lumbini (hoje, patrimônio mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) por volta do ano 566 a. C. e cresceu em Capilvasto: ambos, atuais localidades nepalesas. Logo após o nascimento de Siddhartha, um astrólogo visitou o pai do jovem príncipe, Suddhodana, e profetizou que Siddhartha iria se tornar um grande rei e que renunciaria ao mundo material para se tornar um homem santo, se ele, por ventura, visse a vida fora das paredes do palácio: "este menino será grande entre os grandes. Será um poderoso rei ou um mestre espiritual que ajudará a humanidade a se libertar de seus sofrimentos".



Após essa profecia, os pais de Siddhart resolveram criar o filho superprotegido para que ele não optasse por estudos filosóficos como foi profetizado. Aos dezesseis anos, ele se casou com sua bela prima Yasodhara; desse relacionamento nasceu seu único filho, Rahula. Contudo, sempre se mostrou curioso com a vida fora dos portões do palácio, por fim, em um belo dia, decidiu descobrir o que havia do outro lado. Aos 29 anos, apesar dos esforços de seu pai, Siddhartha se aventurou por além do palácio diversas vezes. Em uma série de encontros (em locais conhecidos pela cultura budista como "quatro pontos"), ele soube do sofrimento das pessoas comuns, encontrando um homem velho, um outro doente, um cadáver e, finalmente, um ascético sadhu, aparentemente contente e em paz com o mundo. Essas experiências levaram Gautama, eventualmente, a abandonar a vida material e ir em busca de uma vida espiritual.



Siddhartha Gautama fez uma primeira tentativa, experimentando a ascese e quase morreu de fome ao longo do processo. Mas, depois de aceitar leite e arroz de uma menina da vila, ele mudou sua abordagem. Concluiu que as práticas ascéticas extremas, como o jejum prolongado, respiração sem pressa e a exposição à dor trouxeram poucos benefícios, espiritualmente falando. Deduziu, então, que as práticas eram prejudiciais aos praticantes. Ele abandonou o ascetismo, concentrando-se na meditação anapanasati, através da qual descobriu o que hoje os budistas chamam de "caminho do meio": um caminho que não passa pela luxúria e pelos prazeres sensuais, mas que também não passa pelas práticas de mortificação do corpo.



Quando tinha 35 anos de idade, Siddhartha sentou-se embaixo de uma figueira-dos-pagodes (Ficus religiosa) hoje conhecida como árvore de Bodhi, localizada em Bodh Gaya, na Índia e prometeu não sair dali até conseguir atingir a iluminação espiritual.



A lenda diz que Siddhartha conheceu a dúvida sobre o sucesso de seus objetivos ao ser confrontado por um demônio chamado Mara, que simboliza o mundo das aparências e muitas vezes é representado por uma cobra naja. Ainda segundo a lenda, Mara teria oferecido o nirvana à Sidarta, contudo ele teria percebido que isso o levaria a se distanciar do mundo e o impediria de transmitir seus ensinamentos adiante. Assim, por volta dos quarenta anos, Sidarta se transformou no Buda, o Iluminado, atraindo um grupo de seguidores e instituiu uma ordem monástica. A partir de então, passaria seus dias ensinando o darma, viajando por toda a parte nordeste do subcontinente indiano. Ele sempre enfatizou que não era um deus e que a capacidade de se tornar um buda pertencia ao ser humano. Faleceu aos oitenta anos de idade, em 483 a. C., em Kushinagar, na Índia.



Os estudiosos se contradizem em relação às afirmações sobre a história e os fatos da vida de Buda. A maioria aceita que ele viveu, ensinou e fundou uma ordem monástica, mas não aceita de forma consistente os detalhes de sua biografia. Segundo o escritor Michael Carrithers, em seu livro O Buda, o esboço de uma vida tem que ser verdadeiro: o nascimento, a maturidade, a renúncia, a busca, o despertar e a libertação, o ensino e a morte .



Ao escrever uma biografia sobre Buda, Karen Armstrong disse: "É obviamente difícil, portanto, escrever uma biografia de Buda, atendendo aos critérios modernos, porque temos muito pouca informação que pode ser considerada 'histórica'... mas podemos estar razoavelmente confiantes, pois Siddhartta Gautama realmente existiu e os seus discípulos preservam a sua memória, sua vida e seus ensinamentos".





CONCEITOS BUDISTAS



Carma: lei de causa e efeito  -  Carma no budismo



Tradicional thangka do budismo tibetano alusivo à "Roda da Vida", com seus seis reinos.No budismo, o Carma (do sânscrito कर्म, transl. karmam, e em pali, kamma, "ação") é a força de samsara sobre alguém. Boas ações (páli: kusala), e/ou ações ruins (páli: akisala) geram "sementes" na mente , que virão a aflorar nesta vida ou em um renascimento subsequente . Com o objetivo de cultivar as ações positivas, o sila é um conceito importante do budismo, geralmente, traduzido como "virtude", "boa conduta", "moral" e "preceito".



O carma, na filosofia budista, refere-se especificamente a essas ações (do corpo, da fala e da mente) que brotam da intenção mental (páli: cetana) e que geram consequências (frutos) e/ou resultados (vipaka). Cada vez que uma pessoa age, há alguma qualidade de intenção em sua mente e essa intenção muitas vezes não é demonstrada pelo seu exterior, mas está em seu interior e este determinará os efeitos dela decorrentes.



No budismo Teravada, não pode haver salvação divina ou perdão de um carma, uma vez que é um processo puramente impessoal que faz parte do Universo. Outras escolas, como a Maaiana, porém, têm opiniões diferentes. Por exemplo, os textos dos sutras (como o Sutra do Lótus, Sutra de Angulimala e Sutra do Nirvana) afirmam que, recitando ou simplesmente ouvindo seus textos, as pessoas podem expurgar grandes carmas negativos. Da mesma forma, outras escolas, Vajrayana por exemplo, incentivam a prática dos mantras como meio de cortar um carma negativo.

 

Renascimento



Renascimento se refere a um processo pelo qual os seres passam por uma sucessão de vidas como uma das muitas formas possíveis de senciência. Entretanto, o budismo, natural da Índia, rejeita conceitos de "autoestima" permanente ou "mente imutável", eterna, como é chamada no cristianismo e até mesmo no hinduísmo, pois, no budismo, existe a doutrina do anatta, sobre a inexistência de um "eu" permanente e imutável.



De acordo com o budismo, o renascimento em existências subsequentes deve antes ser entendido como uma continuação dinâmica, um constante processo de mudança - "originação dependente" (sânscrito: pratītya-samutpāda) - determinado pelas leis de causa e efeito (carma), em vez da noção de um ser encarnado ou transmigrado de uma existência para outra.



Cada renascimento ocorre dentro de um dos seis reinos, de acordo com os nossos reinos de desejos, podendo variar de acordo com as escolas:

1.seres dos infernos: aqueles que vivem em um dos muitos infernos;

2.preta: o reino de seres que padecem de necessidades sem alívio, sofrimento, remorsos, fome, sede, nudez, miséria, sintomas de doenças, entre outros;

3.animais: um espaço de divisão com os humanos, mas considerado como outra vida;

4.seres humanos: um dos reinos de renascimento, em que é possível atingir o nirvana.

5.semideuses: variavelmente traduzido como "divindades humildes", titãs e antideuses; não é reconhecido pelas escolas Teravada e Maaiana, que os consideram como devas de nível mais baixo;

6.deva: comparado ao paraíso;



O renascimento em alguns dos céus mais altos, conhecido como o mundo de Śuddhāvāsa (moradas puras), pode ser alcançado apenas por pessoas com enorme realização espiritual, conhecidos como não-regressistas (sânscrito: anāgāmis). Já o renascimento no reino sem forma (sânscrito: arupa-dhatu) pode ser alcançando apenas por aqueles que podem meditar sobre o arupajhanas, o maior objeto de meditação.



De acordo com o budismo praticado no leste asiático e o budismo tibetano, há um estado intermediário (o bardo) entre uma vida e a próxima. A posição Teravada ortodoxa rejeita esse conceito, no entanto existem passagens no Samyutta Nikaya do Cânone Páli (coleção de textos em que a tradição Teravada é baseada) que parecem dar apoio à ideia de que o Buda ensinou que existe um estado intermediário entre esta vida e a próxima.



Cosmologia budista



A cosmologia budista considera que o Universo é composto por vários sistemas mundiais, sendo que cada um desses possui um ciclo de nascimento, desenvolvimento e declínio que dura bilhões de anos. Num sistema mundial existem seis reinos, que por sua vez incluem vários níveis, num total de trinta e um.



O reino dos infernos situa-se na parte inferior. A concepção do inferno budista é diferente da concepção cristã, na medida em que o inferno não é um lugar de permanência eterna nem o renascimento nesse local é o resultado de um castigo divino; os seres que habitam no inferno libertam-se dele assim que o mau karma que os conduziu ali se esgota. Por outro lado, o budismo considera que existem não apenas infernos quentes, mas também infernos frios.



Acima do reino dos infernos pelo lado esquerdo, encontra-se o reino animal, o único dos vários reinos perceptível aos humanos e onde vivem as várias espécies. Acima do reino dos infernos pelo lado direito, encontra-se o mundo dos espíritos ávidos ou fantasmas (preta). Os seres que nele vivem sentem constantemente sede ou fome, sem nunca terem essas necessidades saciadas. A arte budista representa os habitantes desse reino como tendo um estômago do tamanho de uma montanha e uma boca minúscula.



O reino seguinte é o dos Asura (termo traduzido como "Titãs" ou dos antideuses). Os seus habitantes ali nasceram em resultado de ações positivas realizadas com um sentimento de inveja e competição e vivem em guerra constante com os deuses.



O quinto reino é o dos seres humanos. É considerado como um reino de nascimento desejável, mas ao mesmo tempo difícil. A vida enquanto humano é vista como uma via intermédia nessa cosmologia, sendo caracterizada pela alternância das alegrias e dos sofrimentos, o que de acordo com a perspectiva budista favorece a tomada de consciência sobre a condição samsárica.



O último reino é o dos deuses (deva) e é composto por vários níveis ou residências. Nos níveis mais próximos do reino humano, vivem seres que, devido à prática de boas acções, levam uma acção harmoniosa. Os níveis situados entre o vigésimo terceiro e o vigésimo sétimo são denominados como "Residências Puras", sendo habitadas por seres que se encontram perto de atingir a iluminação e não voltarão a renascer como humanos.



O ciclo de samsara



Samsara é o ciclo das existências nas quais reinam o sofrimento e a frustração engendrados pela ignorância e pelos conflitos emocionais que dela resultam. O samsara compreende os três mundos superiores (deva, semideuses e seres humanos) e os três inferiores (seres dos infernos, preta e animais), julgados não por um valor, mas em função da intensidade de sofrimento.



Os budistas acreditam, em sua maioria, no samsara. Este, por sua vez, é regido pelas leis do carma: a boa conduta produzirá bom carma e a má alma produzirá carma maléfico. Assim como os hindus, os budistas interpretam o samsara não-esclarecido como um estado de sofrimento. Só nos libertaremos do samsara se atingirmos o estado total de aceitação, visto que nós sofremos por desejar coisas passageiras, e alcançarmos o nirvana ou a salvação .



Sofrimento: causas e soluções - As Quatro Nobres Verdades



De acordo com o Cânone Páli, As Quatro Nobres Verdades foram os primeiros ensinamentos deixados pelo Buda depois de atingir o nirvana. Algumas vezes, são consideradas como a essência dos ensinamentos do Buda e são apresentadas na forma de um diagnóstico médico:



1.a vida como a conhecemos é finalmente levada ao sofrimento e/ou mal-estar (dukkha), de uma forma ou outra;

2.o sofrimento é causado pelo desejo (trishna). Isso é, muitas vezes, expressado como um engano agarrado a um certo sentimento de existência, a individualidade, ou para coisas ou fenômenos que consideramos causadores da felicidade e infelicidade. O desejo também tem seu aspecto negativo;

3.o sofrimento acaba quando termina o desejo. Isso é conseguido através da eliminação da ilusão (maya), assim alcançamos um estado de libertação do iluminado (bodhi);

4.esse estado é conquistado através dos caminhos ensinados pelo Buda.



Esse método é descrito por alguns acadêmicos ocidentais e ensinado como uma introdução ao budismo por alguns professores contemporâneos do Maaiana, como por exemplo o Dalai Lama.



De acordo com outras interpretações de mestres budistas e eruditos, e recentemente reconhecidas por alguns estudiosos ocidentais não-budistas, as "verdades" não representam meras declarações e/ou indicações, entretanto estas podem ser agrupadas em dois grupos:



1.o sofrimento e as causas do sofrimento;

2.a cessação do sofrimento e os caminhos para a libertação.



A Enciclopédia Macmillan de Budismo simplifica As Quatro Nobres Verdades, deixando-as da seguinte maneira:

1."A Verdade Nobre Que Está Sofrendo";

2."A Verdade Nobre Que É O Surgimento do Sofrimento";

3."A Verdade Nobre Que É O Fim do Sofrimento";

4."A Verdade Nobre Que Produz o Caminho para o Fim do Sofrimento".



A compreensão tradicional do Teravada sobre As Quatro Nobres Verdades é que estas são um ensino avançado para aqueles que estão "prontos". A posição Maaiana é que eles são ensinamentos prejudiciais para as pessoas que ainda não estão prontas para ensinar. No Extremo Oriente, os ensinamentos são pouco conhecidos.



 O Nobre Caminho Óctuplo



O Dharmachakra representando o Nobre Caminho Óctuplo.O Nobre Caminho Óctuplo - A Quarta Nobre Verdade do Buda - é o caminho para a o fim do sofrimento (dukkha). Tem oito seções, cada uma começando com a palavra samyak (que em sânscrito significa "corretamente" e "devidamente"), e são apresentadas em três grupos:


prajna: é a sabedoria que purifica a mente, permitindo-lhe atingir uma visão espiritual da natureza de todas as coisas. Engloba:

1.dṛṣṭi (ditthi): ver a realidade como ela é, não apenas como parece ser;

2.saṃkalpa (sankappa): a intenção de renúncia, de liberdade e inocuidade.


sila: é a ética ou moral, a abstenção de atos nocivos. Engloba:

3.vāc vāc (vāca): falando de uma maneira verdadeira e não-ofensiva;

4.karman (kammanta): agir de uma maneira não-prejudicial;

5.ājīvana (ājīva): o meio de vida deve seguir os preceitos citados anteriormente40 .


samadhi: é a disciplina mental necessária para desenvolver o domínio sobre a própria mente. Isso é feito através de práticas, engloba:

6.vyāyāma vyāyāma (vāyāma): fazer um esforço para melhorar;

7.smṛti (sati): ver as coisas como elas estão com a consciência clara da realidade presente dentro de si mesmo, sem desejo ou aversão;

8.samādhi (samādhi): meditar ou concentrar-se de maneira correta.



A prática do Caminho Óctuplo é compreendida de duas maneiras: desenvolvimento simultâneo dos oito itens paralelamente, ou como uma série progressiva pela qual o praticante se move, ao conquistar um estágio. Contudo, os quatro nikāyas principais e o Caminho Óctuplo, geralmente, não são ensinados para leigos e são pouco conhecidos no Extremo Oriente .



Caminho do Meio



Um importante princípio orientador da prática budista é o Caminho do Meio, que se diz ter sido descoberto pelo Buda, antes de sua iluminação. O Caminho do Meio tem várias definições:

1. a prática de não-extremismo: um caminho de moderação e distância entre a autoindulgência e a morte;

2. o meio-termo entre determinadas visões metafísicas;

3. uma explicação do nirvana (perfeita iluminação), um estado no qual fica claro que todas as dualidades aparentes no mundo são ilusórias;

4. outros termos para o sunyata, a última natureza de todos os fenômenos (na escola Maaiana).






Nirvana



1.É a meta do budismo.

2.É o apagar do fogo das paixões e a extinção do ego.

3.É não necessitar mais reencarnar.

4.É o que todo budista procura por toda vida, a paz absoluta.

5.É o que faz do homem comum um Buda.

6.É a iluminação.

7.É a extrema paz.




Nos primeiros ensinamentos budistas, de certa forma, compartilhado por todas as escolas existentes, o conceito de libertação (nirvana) está intimamente ligado com a correta compreensão de como a mente lida com o estresse. Ao termos conhecimento sobre o apego, um sentimento de desapego é gerado e se é liberado do sofrimento (dukkha) e do ciclo de renascimento (samsara).



Escolas



A sangha original, após a realização de um concílio no século IV a.C, dividiu-se em duas escolas de pensamento: Mahasanghika e Sthaviravada. Desses dois troncos, a única escola remanescente é a Theravada. Os três veículos principais são: Escolas Antigas, Escolas Mahayana e Escolas Vajrayana.



Escolas Antigas: Ch'eng-shih, Chu-she, Jôjitsu, Kusha, Lü-tsung, Mahasanghika, Pudgalavada, Ritsu, Sarvastivada, Sautrantika, Sthaviravada, Theravada e Vaibhashika;

Escolas Mahayana: Ch'an, Ching-t'u, Chittamatra, Fa-hsiang, Hossô, Hua-yen, Ji-shû, Jnanavada, Jôdo, Jôdo Shin, Kegon, Madhyamaka, Madhyamika, Nichiren, Nieh-p'an, San-lun, Sanron, Tathagatagarbha, Ti-lun, Won, Yogachara, Yün-chi e Zen;

Escolas Vajrayana: Nyingma, Gelug, Sakya, Jonang, Kadam, Kagyü, Mi-tsung, Shingon, Tendai e T'ien-t'ai.



Escrituras



Edição do Cânone Pali. Buda não deixou nada escrito. De acordo com a tradição budista, ainda no próprio ano em que o Buda faleceu teria sido realizado um concílio na cidade de Rajaghra, onde discípulos do Buda recitaram os ensinamentos perante uma assembleia de monges que os transmitiram de forma oral aos seus discípulos. Porém, a historicidade desse concílio é alvo de debate: para alguns esse relato não passa de uma forma de legitimação posterior da autenticidade das escrituras.



Por volta do século I d.C., os ensinamentos do Buda começaram a ser escritos. Um dos primeiros lugares onde se escreveram esses ensinamentos foi no Sri Lanka, onde se constituiu o denominado Cânone Pali. O Cânone Pali é considerado pela tradição Theravada como contendo os textos que se aproximam mais dos ensinamentos do Buda. Não existem, contudo, no budismo um livro sagrado como a Bíblia ou o Alcorão, que seja igual para todos os crentes; para além do Cânone Pali, existem outros cânones budistas, como o chinês e o tibetano.



O cânone budista divide-se em três grupos de textos, denominado "Triplo Cesto de Flores" (tipitaka em pali e tripitaka em sânscrito):



1.Sutra Pitaka: agrupa os discursos do Buda tais como teriam sido recitados por Ananda no primeiro concílio. Divide-se por sua vez em vários subgrupos;

2.Vinaya Pitaka: reúne o conjunto de regras que os monges budistas devem seguir e cuja transgressão é alvo de uma penitência. Contém textos que mostram como surgiu determinada regra monástica e fórmulas rituais usadas, por exemplo, na ordenação. Estas regras teriam sido relatadas no primeiro concílio por Upali;

3.Abhidharma Pitaka: trata do aspecto filosófico e psicológico contido nos ensinamentos do Buda, incluindo listas de termos técnicos.

Quando se verificou a ascensão do budismo Mahayana, essa tradição alegou que o Buda ensinou outras doutrinas que permaneceram ocultas até que o mundo estivesse pronto para recebê-las; dessa forma a tradição Mahayana inclui outros textos que não se encontram no Theravada.




Difusão do budismo



A partir do seu local de nascimento no nordeste indiano, o budismo espalhou-se para outras partes do norte e para o centro da Índia.



Embora o budismo tenha passado por uma verdadeira renovação a partir de 1959, ano em que o Dalai Lama escolhe o exílio, ele parece quase ausente da Índia, a ponto de termos, muitas vezes, de seguir turistas estrangeiros para localizar os lugares santos de antigamente. Nesse percurso, ao longo dos séculos, o budismo suscitou desvios, heresias, seitas.



Sri Lanka e Sudeste da Ásia - .A tradição cingalesa atribui a introdução do budismo no Sri Lanka ao monge Mahinda, filho de Asoka, que teria chegado à ilha em meados do século III a.C., acompanhado por outros missionários.



Foi no Sri Lanka que, por volta do ano 80 a.C., se redigiu o Cânone Pali, a colectânea mais antiga de textos que reflectem os ensinamentos do Buda. No século V d.C., chegou à ilha o monge Buddhaghosa que foi responsável por coligir e editar os primeiros comentários feitos ao Cânone, traduzindo-os para o pali.



Na Tailândia, o budismo lançou raízes no século VII nos reinos de Dvaravati (no sul, na região de Banguecoque) e de Haripunjaya (no norte, na região de Lamphun), ambos reinos da etnia Mon. No século XII, o povo Tai, que chegou ao território vindo do sudoeste da China, adoptou o budismo Theravada como a sua religião.



A presença do budismo na península Malaia está atestada desde o século IV, assim como nas ilhas de Java e Sumatra.



China -  A tradição atribui a introdução do budismo na China ao imperador Ming de Han (25-220 d.C.), o segundo imperador da dinastia Han do leste. Escrituas budistas teriam sido trazidas à China, nas costas de cavalos brancos, por Dharmarakṣa e Kaśyapa Mātaṅga, dois grandes monges indianos. Então o imperador ordenou a construção do primeiro templo budista da China, o monastério Baima, na atual cidade de Luoyang, província de Henan. Os monges levaram para a China 42 sutras, contendo 600.000 palavras em sânscrito.



Independentemente da tradição, o budismo só se espalhou na China nos séculos V e VI com o apoio da dinastia Wei e Tang. Durante este período estabelecem-se na China escolas budistas de origem indiana ao mesmo tempo em que se desenvolvem escolas próprias chinesas.



Coreia e Japão  - O budismo entrou na Coreia no século IV. No século VIII, foi difundido na Coreia o budismo da escola chinesa Chan, denominado son (ou seon) em coreano e que se tornou a escola dominante. O budismo continuou a florescer durante a era Koryo (935-1392), até que a dinastia Li (1392-1910) favoreceu o confucionismo.



A partir da Coreia e da China, o Budismo foi introduzido no Japão em meados do século VI. Em 593, o príncipe Shotoku declarou-o como religião do Estado, mas o budismo foi até à Idade Média um movimento ligado à corte e à aristocracia sem larga adesão popular (os missionários coreanos tinham apresentado à corte japonesa o budismo como elemento de protecção nacional).. Durante a era Kamakura (1185-1333), o budismo populariza-se finalmente com as escolas Terra Pura, Nichiren e Zen (Chan) nas suas principais vertentes chinesas das escolas Rinzai (Linji) e Soto (Caodong).



Tibete -  No Tibete, o budismo propagou-se em dois momentos diferentes. O rei Srong-brtsan-sgam-po (Songtsen Gampo, c.627-c.650), influenciado pelas suas duas esposas budistas, decidiu mandar chamar ao Tibete monges indianos para ali difundirem a religião. Durante o reinado de Khri-srong-lde-btsan (Trisong Deutsen), construiu-se o primeiro mosteiro budista tibetano e em 747 chegou ao território o notável iogue indiano Padmasambhava, que organizou o budismo tibetano e fundou a escola hoje conhecida como Nyingma (ou "escola da tradição antiga", em relação às posteriores escolas estabelecidas por outros professores). Contudo, uma reação hostil da religião indígena, o Bon, levaria ao declínio do budismo nos dois séculos seguintes.



O budismo seria reintroduzido no Tibete a partir do século XI, com a ajuda do monge indiano Atisa, que chegou ao território em 1042. Com o passar do tempo, formaram-se quatro escolas: Sakyapa, Kagyupa, Nyingmapa e Gelugpa. Em 1578, membros desta última escola converteram o mongol Altan Khan à sua doutrina. Alta Khan criou o título de Dalai Lama, que concedeu ao líder da escola Gelugpa. Em 1641, com ajuda dos mongóis, o quinto Dalai Lama derrotou o último príncipe tibetano e tornou-se o líder temporal do Tibete. Os seguintes dalai lamas foram na prática os governantes do Tibete até à invasão chinesa. O quinto dalai lama criou o cargo de Panchen-lama, que reside no mosteiro de T-shi-lhum-po e que foi visto como uma encarnação do Amitabha.






DALAI LAMA
Titular:Tenzin Gyatso, o 14º Dalai Lama
Título: Sua Santidade/Sua Majestade

O Dalai Lama é o título de uma linhagem de líderes religiosos da escola Gelug do budismo tibetano, tratando-se de um monge e lama, reconhecido por todas as escolas do budismo tibetano. Também foram os líderes políticos do Tibete entre os século XVII até 1959, residindo em Lhasa. O Dalai Lama é também o líder oficial do governo tibetano em exílio, ou Administração Central Tibetana. "Lama" é um termo geral que se refere aos professores budistas tibetanos. O atual Dalai Lama é muitas vezes chamado de "Sua Santidade" por ocidentais, embora este pronome de tratamento não exista no tibetano, não se tratando de uma tradução. Tibetanos podem referir-se a ele através de epítetos tais como Gyawa Rinpoche que significa "grande protetor", ou Yeshe Norbu, a "grande joia".

Acredita-se que o Dalai Lama seja a reencarnação de uma longa linha de tulkus, que optaram pela reencarnação, a fim de esclarecer a humanidade. O Dalai Lama é muitas vezes considerado o chefe da Escola Gelug, mas esta posição oficialmente pertence ao Ganden Tripa, que é uma posição temporária nomeada pelo Dalai Lama (que, na prática, exerce mais influência). Dalai significa "Oceano" em mongol e "Lama" é a palavra tibetana para mestre, guru, e várias vezes referido por "Oceano de Sabedoria", um título dado pelo regime mongoliano a Altan Khan (o terceiro Dalai Lama) e agora aplicado a cada encarnação na sua linhagem. Os dalai lamas são mostrados como sendo a manifestação de Avalokiteshvara, o Bodhisattva da Compaixão, cujo o nome é Chenrezig em tibetano. Após a morte do Dalai Lama, uma pesquisa é instituída pelos seus monges para descobrir o seu renascimento, ou tulku.





Outras fontes de informação:  http://www.gotquestions.org/Portugues/Budismo.html

Templo Budista no Espírito Santo - http://www.mosteirozen.com.br/localizacao.php